O Senhor Amilton, um homem de alma bondosa, tem o pé quebrado. A dor é uma sombra que o acompanha em cada instante, um peso que o impede de caminhar com a mesma leveza de antes. Ele se arrasta pelas ruas, apoiado em uma muleta improvisada, com o rosto marcado pela dor e pela angústia.

A cada passo, um gemido de sofrimento escapa de seus lábios, uma melodia triste que ecoa a fragilidade de sua situação. Mas a maior dor de todas é a fome que aperta o seu estômago, uma dor que o consome por dentro, uma sensação de vazio que o acompanha dia e noite.

Sem condições de trabalhar, ele se vê obrigado a catar latinhas, na esperança de conseguir um trocado para comprar um pão, um café, qualquer alimento para saciar a fome que o consome.